O projeto Beer Hacking não é só degustação, viagens e curtição também é produção!
Um dos integrantes do projeto já produziu a sua primeira breja, uma American Pale Ale que carinhosamente batizamos de Fail Ale Beta 1 (Ribeirão Preto release). A receita utilizada foi a disponível no site d’A Turma, a primeira da lista. Enfim, não fui eu o responsável pela criação então o post não será sobre a produção e sim da degustação dessa breja.

Escolhemos a feijoada de comemoração do aniversário do meu pai para provarmos a breja do Felipe (já que ele e meu pai moram em Ribeirão Preto e eu em Sampa), uma Ale no meio das Lagers (estava rolando chope Antártica pra galera e Carlsberg para os que preferem puro malte – estava R$ 1,50 a garrafa no Sam’s Club).
Como não escondemos a garrafa ou fizemos a degustação fora da festa, muitos ficaram curiosos para saber que garrafa sem rótulo era aquela e queriam provar a criação do Beer Hacking. Sendo assim, essa degustação será quase que coletiva.

Garrafa em mãos e a primeira coisa que notamos foi a sedimentação. Pela cerveja não ser filtrada como as comerciais, transferência da cerveja do balde de fermentação para o de envase e, principalmente, ser uma Fail Ale, muita coisa foi parar na garrafa, mas até aí não é problema, mais sabores (bons ou ruins…).

Garrafa aberta e já temos o sinal da carbonatação! Psssssss… Maravilha, agora é servir com cuidado para não ir muito sedimento para o copo…

A Fail Ale não teve um colarinho espetacular, pra falar a verdade nem lembro se formou (era muita emoção na hora), mas mostrou que tinha gás e não seria uma cerveja “choca”.

Como disseram alguns dos presentes, ela tinha cor de Fanta. Acho que esse tom foi devido a duas coisas: o malte Cara Red, feito para Red Ales e a falta de um whirlfloc para clarear um pouco a breja. Mas até aí, se não tiver gosto de Fanta, Sukita ou Doly Laranja tá valendo.

A presença do lúpulo Hallertauer Tradition surpreendeu, como não sabia o que esperar dessa primeira leva do Felipe tive várias surpresas. O aroma floral desse hop, o adocicado dos maltes e um outro aroma que lembrava pão (pode ser o sedimento) me fizeram esquecer da cor de refrigerante de laranja e pensar mais em cerveja. O álcool não apareceu, mas de qualquer forma o Felipe não tinha muita certeza da graduação alcoólica.

Chegou a hora de provar a Fail Ale… Agora sim tinha certeza que alguma coisa tinha dado certo! Tinha cara de cerveja, cheiro de cerveja e agora gosto de cerveja! A carbonatação estava muito boa, embora não tenha formado colarinho estava muito boa, longe de ser choca. O sabor doce dos maltes estava bem presente, talvez os fermentos não tenham consumido dos os açúcares, enfim o processo quem posta é o Felipe. No paladar também não percebi álcool, o Hallertauer estava ali também e o sabor de pão também.
Agora chegou a vez do pessoal da feijuca provar… Vou consolidar algumas frases ditas no primeiro gole (deixarei anônimo para não prejudicar ninguém):
“É… então… não é meu tipo de cerveja…”
“Tem laranja, é? Gostosinha…”
“Nossa, muito gás! E tem laranja, né?”
“Vocês vendem? Acho que o pessoal da Psico ia curtir…”
“Gostei mô, faz uma dessa igual pra mim? É bem docinha…”
“É… É… É cerveja isso?”
“Boa, boa… Se fizer mais eu tomo.”

A Fail Ale foi uma ótima surpresa. Parabéns Felipe pela produção! Agora é esperar a Sampa Release. Um brinde!

Ah, e feliz dia do wifi! Sim, hoje é 8.02.11 e se você não entendeu (já que temos um público não-techie): http://en.wikipedia.org/wiki/IEEE_802.11
Tomada e Aprovada, estou esperando a versão release canditate…..